Através do poderoso mundo da internet, veio até mim um texto interessantíssimo. A história encontra-se em http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/jokes/barometro.html (retirado em 28/12/07).Aconselho todos a dar um vista de olhos nesta história tal peculiar, que realmente de deu que pensar.
Este texto para além de convidar a uma reflexão sobre o processo avaliativo, incita também a pensarmos sobre a clareza das tarefas, tanto colocadas em exame (como é o caso) como durante uma aula.
Quanto às tarefas, se estas não forem claras e precisas, ou seja se não forem de natureza aberta, elas permitirão muitas respostas e todas correctas. Será que isso é mau? Será que os alunos têm de saber responder apenas a maneira que o professor quer? Será que isso os desenvolve intelectualmente, criticamente e mesmo profissionalmente? A meu ver os professores tanto devem colocar tarefas de natureza aberta como fechada de modo a que os alunos tenham oportunidade para praticarem os conhecimentos como, por outro lado, para desenvolver métodos de raciocínio e de experimentação. Só com a junção destes dois é todos é que poderemos fazer com que os alunos aprendam significativamente.
Quanto ao processo avaliativo, na minha opinião, penso que está aqui bem retratado o método de avaliação que vigora hoje em dia em Portugal. Este texto mostra como a avaliação é frequentemente confundida com classificação, ou seja, mostra que todo o processo ensino/aprendizagem se resume, no final do ano lectivo, à média aritmética dos testes realizados. No entanto, avaliar não é só isso, avaliar deve contemplar todas as aprendizagens efectuadas pelos alunos durante ano. O professor se estiver atento durante as aulas poderá verificar os conhecimentos que os alunos adquiriram, aqueles a que têm maior dificuldade e até aqueles que realmente constituem um obstáculo ao seu progresso. Assim, professor para além de avaliar o aluno formativamente , conseguirá ajudá-lo de forma a tornar as suas dificuldades ultrapassáveis.
Penso que este texto, embora seja uma história e não passe de um texto divertido para Setzer , tem ideias subjacentes muito importantes e actuais na nossa sociedade e no nosso sistema educativo, assim recomendo-o a todos os professores e futuros professores, pois como nos diz Albert Einstein: “ Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pensa ser compreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correcto.”.